quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Douro, a Emigração e o Vinho do Porto

Esta trilogia duriense é transversal aos homens e ao território.
A região do Douro tem sido ao longo de décadas o sustento de largos milhares de vitivinicultores, que com esforço e suor plantaram os vinhedos da sobrevivência para muitas família.
Os emigrantes das décadas de sessenta e de setenta transformaram, com as suas economias, a paisagem dos territórios das aldeias durienses.
Muitos regressaram ou possibilitaram que os filhos não partissem para outras paragens, e foram muitos os vinhedos plantados com as poupanças dos conterrâneos emigrantes.
O Vinho do Porto ganhou escala na quantidade e na qualidade. A economia duriense floresceu.
O Douro transformou-se numa das regiões mas prósperas do País.
Paralelamente a emigração favoreceu as vendas do Vinho do Porto.
E o Douro foi enfatizado no "el dorado" território, onde se pode viver.
A Europa contribuiu para que a região seja uma das mais belas e ricas do mundo.
Mas quando menos se esperava, paira sobre o Douro uma incerteza de vida e de sobrevivência para esses milhares de agricultores que vêm em cada socalco a única forma de vida e de obtenção de rendimentos para o meio familiar.
E perante os rendimentos que já não chegam para os produtos que se tornam necessário para a manutenção das vinhas, surgem em paralelo duas realidades: o vinho já não dá dinheiro aos pobres vitivinicultores, e, a emigração de países do leste europeu invade o Douro, com mão-de-obra barata, enquanto que os Jovens do Douro estão a partir e uma nova vaga de emigração esta a esvaziar o Douro ,porque os rendimentos não existem.

João Teixeira
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