O abandono do interior
Portugal é cada vez mais um “país inclinado” na diagonal entre a fronteira terreste na delimitação com Espanha e as maravilhosas praias atlânticas!!!...
O interior deste país não pode transformar-se numa “reserva” ecológica, humana ou simplesmente numa paisagem verdejante, bela, pitoresca ou apenas opaca.
A irresponsabilidade politica e governativa não pode abandonar o interior.
As estatísticas reflectem a falta de população, mas simultaneamente mostram, os efeitos negados que o “novo e perigoso modelo de emigração” estão a provocar no interior do país e concretamente no interior nordeste.
A questão é mais grave porque o pais inclinado para o litoral, mostra-nos existir apenas uma plataforma de 50 km estável entre o mar e o interior.
A emigração da juventude dos quadros que o país criou, é para o exterior e poucos, não são muitos aqueles, que imigram para essa pequena e cada vez mais reduzida faixa de concentração no litoral.
Muitos alertam. Todos reflectem e reconhecem!... Falta a coragem para olhar de frente no sentido das alturas e decidir equilibrar as duas faces do rectângulo.
Isto é um crime demográfico e social. O abandono do território pode ser o inicio de uma nova colonização.
João Teixeira

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